Com o objetivo de propagar experiências
de parcerias e melhores práticas apresentadas no III Seminário de Boas Práticas
e I Fórum Internacional de Parcerias na Gestão de Unidades de Conservação,
apresentamos a boa prática “Fundo de apoio às Unidades de Conservação Marinhas
e Mata Atlântica”. Essa iniciativa é fruto da parceria do ICMBio, IBAM (unidade
executora do projeto Parcerias Ambientais Público-Privadas – PAPP), e IPÊ –
Instituto de Pesquisas Ecológicas.
As
Reservas Biológicas Atol das Rocas e Arvoredo, as Áreas de Proteção Ambiental
Cairuçu, Costa dos Corais e de Guapi-Mirim, a Estação Ecológica Guanabara, o
Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes e os Parques Nacionais
da Tijuca, Bodoquena, Bocaina e Itatiaia, foram os locais contemplados na
prática “Fundo de apoio às UCs Marinhas e Mata Atlântica”, que contou com o
envolvimento dos parceiros Fundação Toyota do Brasil, Brazilian Luxury Travel
Association, amigos do Parna da Tijuca e pessoas que contribuíram com doações.
A
prática, que teve a iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica sob a
responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade -
ICMBio, foi desenvolvida visando aliviar o déficit financeiro para a
implementação de Unidades de Conservação por meio de mecanismos ágeis e novos
arranjos de parceria com o setor privado para complementar o financiamento do
sistema. De acordo com Márcia Hirota, da SOS Mata Atlântica, a prática surgiu a
partir de experiências anteriores:
"O
modelo surgiu a partir de experiências com o engajamento de doadores do entorno
de uma unidade de conservação com o objetivo de contribuir com a sua gestão. A
partir disso, foi criado um padrão para a sustentabilidade a longo prazo de
algumas unidades e, atualmente, um novo formato contribui para investimentos a médio
prazo para pequenas despesas que mantém a operação cotidiana em algumas
UCs", explica.
Os
resultados disso foram o fortalecimento institucional das UCs e parcerias,
investimentos em infraestrutura para pesquisa e gestão e apoio à implementação
do plano de manejo das unidades. “A prática foi extremamente importante pois,
por meio dela, conseguimos engajar diversos setores da sociedade na parceria
com as UCs, seja por meio das associações, empresas, universidades e outros
segmentos, fortalecendo a responsabilidade coletiva sobre esse patrimônio. Por
outro lado, o desafio tem sido garantir que os recursos cheguem na ‘ponta’ e
que possamos continuar captando recursos em longo prazo”, ressalta Márcia.
A
prática conseguiu também ampliar e fortalecer o envolvimento de outras
parcerias, seja por meio de novos doadores para outras unidades de conservação,
seja por meio da ampliação das parcerias com associações locais, universidades
e outras instituições que atuam dentro e no entorno das UCs, além de consolidar
o relacionamento das unidades com o poder público local.
Sobre o Seminário e Fórum
O
III Seminário de Boas Práticas na Gestão de Unidades de Conservação e I Fórum
Internacional de Parcerias na Gestão de Unidades de Conservação ocorreu em
Brasília de 27 a 29 de novembro de 2017. Ao todo 46 boas práticas realizadas em
UCs federais e estaduais foram apresentadas, com objetivo de difundir
experiências bem sucedidas na gestão de unidades de conservação com potencial
de replicação.
O
evento foi realizado pelo ICMBio em parceria com o IPÊ - Instituto de Pesquisas
Ecológicas, Gordon and Betty Moore Foundation, Projeto Desenvolvimento de
Parcerias Ambientais Público-Privadas apoiado pelo Banco Interamericano para o
Desenvolvimento - BID, Caixa e Instituto Brasileiro de Administração
Municipal IBAM, Agência de Cooperação
Técnica Alemã - GIZ e outros parceiros.
Fonte: ICMBio.