Pela
primeira vez o Brasil recebe o evento internacional Capacitação sobre
Financiamento Climático. O evento começou na segunda-feira 11/12 e vai até
quinta-feira 14/12, em Brasília. O
objetivo é promover a busca de ações de financiamento para mitigação da mudança
do clima e adaptação a seus efeitos. Participam do evento representantes do
governo federal, do setor privado e da academia.
A
iniciativa ocorre no âmbito do Programa sobre Políticas em Mudança do Clima -
PoMuC, implementado por meio da atuação
coordenada do Ministério do Meio Ambiente - MMA, do Ministério da Fazenda e da
Cooperação Técnica Alemã - GIZ, em parceria com outras instituições.
O
objetivo do PoMuC é apoiar áreas selecionadas da Política Nacional sobre Mudança
do Clima para que sejam implementadas com sucesso. O Programa atua nos
seguintes eixos: Sistema de transparência; Redução das Emissões provenientes do
Desmatamento e da Degradação Florestal (REDD+); Adaptação; Fundo Clima;
Financiamento; Relato de Emissões e Gestão de conhecimento.
“O
evento é de extrema relevância em função do cenário que o Brasil vem
enfrentando em termos do desafio de limitar os gastos públicos”, explicou o Diretor
de Monitoramento, Apoio e Fomento de Ações em Mudança do Clima do MMA, Adriano
Santhiago. “Precisaremos mobilizar iniciativas inovadoras de financiamento com
relação à mudança do clima”, acrescentou.
De
acordo com ele, o Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento a apresentar
uma Contribuição Nacionalmente Determinada - NDC voltada para o conjunto da
economia. “Nós teremos que reduzir 37% das emissões de gás do efeito estufa em
2025, comparando com o ano de 2005. E há uma contribuição indicativa de redução
de 43% em 2030, também com base em 2005. Para tanto, a necessidade de inovar na
área de financiamento é muito importante”, explicou.
CRIATIVIDADE
Santhiago
acredita que o Brasil terá que, cada vez mais, buscar recursos internacionais e
fazer uso de mecanismos financeiros previstos na Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima, provindos de fundos, acordos bilaterais e outras
possibilidades que serão discutidas na capacitação. “O Brasil vai ter que ser
muito inovador e criativo na busca de implementar sua NDC”, finaliza.
A
Diretora do POMuC pela GIZ, Anja Wucke, chamou a atenção para a importância do
tema. “Dos sete componentes da política, dois tratam sobre financiamento”,
afirmou. Ela disse que as metas da NDC estão colocadas e que o Brasil precisa
encontrar os caminhos para implementá-las.
“A
capacitação tem o conteúdo desenvolvido internacionalmente sem foco nos países.
No futuro, podemos propor um material específico para o Brasil partindo-se das
discussões feitas aqui. Esperamos uma rica troca de experiências com essa
mistura de representantes dos setores aqui representados”, disse.
Fonte: MMA.