Auditoria
realizada pelo IBAMA em madeireiras de Minas Gerais que comercializam espécies
da região amazônica resultou na apreensão de 398 metros cúbicos de madeira sem
origem legal. O material será doado para instituições públicas ou entidades sem
fins lucrativos. Os agentes ambientais aplicaram R$ 330 mil em multas e excluíram
o equivalente a 1.070,88 metros cúbicos em créditos dos sistemas de controle
florestal. Foram identificadas seis categorias de fraude, cometidas por 21
empresas.
A
operação foi planejada para combater o depósito de madeira ilegal na área de
atuação da Unidade Técnica do Ibama em Uberlândia, que abrange cerca de 70
municípios mineiros.
Auditagem
nos sistemas de controle florestal havia indicado atividades suspeitas em 115
empreendimentos no Triângulo Mineiro e no Alto Parnaíba. Foram analisadas 3.643
guias de transporte, usadas para deslocar 1.431,178 metros cúbicos de madeira,
o suficiente para encher 286 caminhões toreiros.
Uma
das empresas investigadas declarou que seu caminhão teria trafegado a uma
velocidade média superior a 130 km/h entre o Pará e Minas Gerais. “A falsidade
ideológica evidente invalida a guia de transporte, pois caracteriza não só a
infração administrativa de receber madeira sem licença válida, prevista no
artigo 47 do Decreto Federal 6.514/2008, mas também crime ambiental”, disse o Chefe
da Unidade Técnica em Uberlândia, Rodrigo Herles.
Os
agentes ambientais também identificaram casos em que empresas do Sudeste,
geralmente consumidoras, informavam a venda de madeira para destinos na
Amazônia Legal; e situações em que a madeira encontrada nos pátios das empresas
era de valor comercial muito superior às peças informadas na guia de
transporte.
“O
propósito da operação é garantir que o consumidor da região de Uberlândia tenha
acesso a madeira obtida de forma legal, além de garantir uma concorrência justa
entre os comerciantes de produtos florestais”, disse Herles.
Fonte: IBAMA.