Uma operação especial de fiscalização do Governo de
Minas foi montada para verificar empreendimentos ao longo do Rio das Velhas, no
trecho de seis municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Entre os dias
14 e 18 de maio, 50 fiscais, distribuídos em 11 equipes, deflagraram a 2ª etapa
do Programa de Fiscalização no Rio das Velhas, maior afluente em extensão da
bacia do Rio São Francisco. O trabalho é uma iniciativa da Secretaria de Estado
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Semad, além de outros órgãos
do Governo Estadual, e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-Minas).
O programa de fiscalização tem o objetivo de orientar
os responsáveis por empreendimentos sobre o correto uso dos recursos naturais.
Nesta edição, a ação chegou aos municípios de Lagoa Santa, Santa Luzia, Sabará,
Jaboticatubas, Caeté e Taquaraçu de Minas. A área compreende as regiões do Alto
e Médio Rio das Velhas, por onde os fiscais atuaram, apurando possíveis
descumprimentos da legislação ambiental em recursos hídricos, saneamento,
parcelamento do solo, flora, extração de areia, agricultura e indústria.
Além das equipes da Semad e do Crea-Minas,
participaram da operação agentes da Polícia Militar, da Agência Reguladora de
Serviços de Abastecimento de Agua e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas
Gerais - Arsae e do Instituto Mineiro de Agropecuária - IMA.
“Nossa equipe de estratégia fez um trabalho de
diagnóstico, com a escolha de alvos prioritários para serem atendidos dentro
das diversas temáticas”, afirmou o diretor de Estratégia em Fiscalização da
Semad, Gustavo Endrigo de Sá Fonseca.
Levantamento preliminar da Secretaria mostra que 82
empreendimentos foram fiscalizados, sendo que em 56 foram constatadas
inconformidades ambientais, o que resultou na aplicação de penalidades de
embargo/suspensão de atividades, apreensões de instrumentos e produtos, além da
aplicação de multas que totalizaram cerca de R$ 1 milhão.
As principais infrações contatadas foram operar sem
licença ambiental, causar poluição ou degradação, realizar supressão de
vegetação sem documento autorizativo, e realizar captação de água subterrânea e
superficial sem outorga.
Objetivos
O Programa de Fiscalização Integrada é uma ação de
monitoramento de atividades potencialmente poluidoras, que realiza o
diagnóstico dos danos ambientais com vistas à preservação dos recursos
hídricos, garantindo o uso sustentável e a qualidade de vida da população.
Durante as abordagens foram feitas orientações e notificações aos responsáveis.
Os alvos fiscalizados durante a operação foram
identificados com uso de tecnologia e também por meio de denúncias e
levantamentos de empreendimentos poluidores. “Entre as principais ferramentas,
utilizamos as imagens de satélite que possibilitam visualizar as alterações na
paisagem e as intervenções ambientais que vão sendo feitas gradativamente”,
afirma o superintendente de Estratégia e Fiscalização Ambiental da Semad,
Flávio Aquino. “Usamos ainda o banco de dados e informações de outros órgãos
para orientar nossos agentes”, completa.
Na fiscalização de parcelamentos de solos, as equipes
integradas pela Semad, Crea-Minas e Polícia Militar Ambiental tiveram a meta de
vistoriar 23 empreendimentos em Lagoa Santa. “Exigimos estudos de impacto
ambiental, levantamento planaltimétrico, projetos urbanísticos, de drenagem, de
pavimentação, de rede de água e esgoto e de distribuição urbana - RDU e
execuções das obras”, afirma o fiscal do Crea-Minas, Francisco Lima.
A primeira operação de fiscalização integrada do Rio
das Velhas foi realizada em novembro de 2017 nos municípios de Rio Acima,
Itabirito, Nova Lima e Ouro Preto. Em cinco dias de trabalho foram fiscalizados
mais de 100 locais e aplicados cerca de R$1 milhão em multas.
Fonte: SEMAD.