A diretora-presidente da
ANA, Christianne Dias, debateu sobre investimentos e eficiência na prestação de
serviços de saneamento durante o Seminário Saneamento 2019-2022 nesta
quarta-feira, 7 de novembro. Na mesa de discussão, a dirigente explicou o papel
que a ANA terá, caso a Medida Provisória nº 844/2018 seja aprovada. O documento
está em tramitação no Congresso Nacional.
Também conhecido como MP do
Saneamento, o documento atualiza o marco legal do saneamento básico e inclui
entre as competências da ANA a tarefa de editar normas de referência nacionais
sobre o serviço de saneamento. Nesse sentido, outra mesa tratou do assunto com
foco nas oportunidades e no legado da MP nº 844/2018 para o Brasil.
Na primeira apresentação do
Seminário, o sócio da área de Governo e Regulação da empresa KPMG, Diogo de
Faria, abordou as necessidades de investimentos para universalização dos
serviços de saneamento no Brasil. Na sequência, o presidente-executivo do
Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, abordou os benefícios socioeconômicos da
expansão do saneamento em todo o País.
Fora os debates, o evento
abriu espaço para o lançamento da plataforma interativa Mapa Brasil de
Saneamento. A ferramenta foi produzida pela Confederação Nacional da Indústria
- CNI, que realizou o Seminário Saneamento 2019-2022 em parceria com a
Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base - ABDIB e com a
Associação Brasileira da Indústria Química - ABIQUIM.
O evento teve como objetivo
permitir a troca de ideias sobre propostas e caminhos para que o Brasil consiga
alavancar investimentos e cumprir as metas de universalização tanto dos
serviços de abastecimento quanto de coleta e tratamento de esgotos.
Dados do Atlas Esgotos
Segundo dados do Atlas
Esgotos, da ANA, 61,4% da população urbana brasileira (65,1 milhões de pessoas)
é atendida com coleta de esgoto. Quando se considera a coleta e o tratamento,
este índice cai para 42,6%. O estudo também aponta que 2.409 toneladas de carga
orgânica são lançadas sem coleta e tratamento nos corpos hídricos por dia, o
que representa 44% do total. Outras 1.655 toneladas (30%) são coletadas
diariamente, mas lançadas sem tratamento.
Fonte: ANA.