Terminou
nesta quinta-feira (27) a I Oficina de Cadastros de Informantes que atuam na
Atividade de Extração Vegetal e Silvicultura. O evento foi organizado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE na sede do ICMBio, em
Brasília, e contou com a participação de instituições que trabalham com o tema
em todo país.
Os
informantes de extração vegetal são pessoas, organizações ou empresas que
fornecem dados sobre a produção extrativista vegetal no país. Por meio as
informações, instituições governamentais e não-governamentais são capazes de
estimar o valor médio de produção, o valor pago ao produtor e o preço de
mercado de determinado produto.
“Com
este tipo de oficina, buscamos sinergia, integração de dados e obtenção da
informação com menor custo possível, desonerando o poder público e seguindo as
tendências de institutos internacionais de pesquisa e estatística”, destacou o
Coordenador de Agropecuária do IBGE, Octávio Costa de Oliveira. Segundo
Oliveira, um dos principais desafios da área atualmente é que vários dados já
estão pesquisados, consolidados e disponíveis por diferentes instituições e são
pesquisados novamente por outra. Com uma melhor integração de metodologias e
dados, a ideia é de diminuir custos com logística e com processamento.
O
ICMBio tem total interesse em dados de extrativismo vegetal e silvicultura,
como são chamados os produtos vindos de áreas com direta interferência humana,
como áreas plantadas, já que o órgão lida com áreas de desenvolvimento
sustentável como florestas nacionais e reservas extrativistas de onde mais de
50 mil famílias retiram seu sustento. “Os dados obtidos por essas instituições
demonstram a importância dos produtos da sociobiodiversidade, fortalece as
cadeias produtivas e dá mais visibilidade à essa população para acessar
políticas públicas e linhas de crédito”, afirma a coordenadora-geral de
Populações Tradicionais, Bruna De Vita.
Atualmente,
dentre os produtos de suma importância as comunidades estão as plantas
oleaginosas, castanha, açaí e diversas frutos e fibras, sem contar na extração
animal, como o pirarucu e a prestação de serviços, como o turismo de base
comunitária.
Produção
da Extração Vegetal e Silvicultura
A
Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura - PEVS contempla informações
referentes à quantidade e ao valor de produção dos processos de exploração dos
recursos vegetais naturais e de exploração de florestas plantadas para
finalidade comercial. A PEVS é a principal fonte de estatísticas sobre
acompanhamento sistemático da exploração de recursos florestais em todo o país.
A PEVS avalia produtos distribuídos em grupos tais como borrachas; gomas
não-elásticas; ceras; fibras; oleaginosas; produtos alimentícios; produtos
aromáticos e medicinais e madeiras.
Os dados de 2017 revelam que
4837 municípios registraram produção florestal no Brasil. O valor de produção
foi de aproximadamente R$ 19 bi, um acréscimo de 3,4% em relação ao ano
anterior. Desses, R$ 4,3 bi são provenientes de extração vegetal, sendo a maior
parte (2,8 bilhões) constituídos de extração de madeira. Em relação a produtos
não-madeireiros, destaque para o açaí, que constitui 49,5% do valor de produção
no grupo de alimentícios, seguido pela erva-mate (35,2%).
Fonte: ICMBio.