A Norsk Hydro anunciou, no dia 06/09, um
acordo com as autoridades brasileiras para pôr fim a um conflito ambiental e
que pode permitir ao fabricante norueguês de alumínio retomar completamente sua
produção no país.
O Brasil acusava o grupo de ter poluído as
águas da localidade de Barcarena, no norte, com resíduos de bauxita que teriam
saído de sua fábrica brasileira Alunorte após as fortes chuvas registradas em
fevereiro.
As autoridades ordenaram à Norsk Hydro, que
nega essas acusações, reduzir em 50% sua produção na fábrica, a maior do mundo
de produção de alumina.
Extraído da bauxita, o alumina é o principal
componente do alumínio.
Segundo dois acordos firmados ontem no
Brasil, a Norsk Hydro aceita pagar R$ 160 milhões na forma de multas,
investimentos (como melhorias do sistema de tratamento de água) e distribuição
de vales-alimentação para as populações locais.
O grupo também se compromete a dedicar outros
R$ 150 milhões para medidas socioeconômicas.
Segundo um instituto subordinado ao
Ministério da Saúde, o incidente de fevereiro pôs em risco pescadores e outras
comunidades que vivem no Amazonas, porque a água potável e para banho tinha
elevados níveis de alumínio e metais pesados.
Embora os acordos não especifiquem uma data
para retomar completamente a produção da fábrica, a Norsk Hydro disse esperar
que seja em breve.
“É um passo para a retomada das atividades
normais na Alunorte”, disse o responsável pela divisão de bauxita e alumina,
John Thuestad, em um comunicado.
A normalização seria uma boa notícia para o
grupo, cujos resultados e ações se viram afetados por seus problemas no Brasil.
A queda da produção na Alunorte, que tem uma
capacidade anual de 6,3 milhões de toneladas de alumina, também a obriga a
diminuir as atividades da mina de bauxita de Paragominas e da fábrica de
alumínio Albras.
Fonte: Exame.