A grande novidade de 2018 é a revisão completa do questionário, o chamado “ciclo longo de revisão”. Diferente dos anos anteriores, quando somente partes das perguntas foram revistas, desta vez todos os âmbitos entrarão na pauta dos workshops e consultas públicas.

Sua última revisão completa aconteceu em 2015 e, desde então, uma série de subsídios foram recebidos e sistematizados para serem incorporados ao ciclo deste ano. A revisão sobe a barra do índice, provocando um avanço estratégico e estrutural no questionário por meio de sete eixos temáticos:

- Integração de fatores ESG à estratégia empresarial e/ou ao core business

Incorporar questões referentes aos limites ambientais, mudança do clima e redução das desigualdades no posicionamento estratégico das empresas

- Integração de fatores ESG aos mecanismos de governança e gestão corporativa e à gestão de riscos

Enfatizar a forma como o conselho de administração e a alta direção podem efetivamente se engajar em práticas estruturantes de gestão socioambiental e de riscos

- Incorporação de informações ambientais à contabilidade e ao apoio à tomada de decisão

Realizar a contabilização das externalidades ambientais e dos custos de sua internalização, considerando-os nos processos de tomada de decisão estratégica

- Incorporação de fatores ESG nos critérios de produção e consumo sustentáveis

Incorporar fatores ESG, como os referentes à análise de ciclo de vida de produtos/serviços nos processos de gestão e planejamento de portfólios

- Integração de fatores ESG na gestão da empresa sobre sua esfera de influência

Atuar para que os atores na esfera de influência das empresas, incluindo sua cadeia de valor, incorporem atitudes, políticas e práticas favoráveis à sustentabilidade

- Efetivação da agenda de direitos humanos nas empresas

Dar efetividade aos compromissos da empresa em agendas como as do trabalho decente, diversidade e equidade

- Integridade e transparência nos valores, relacionamentos e cultura empresarial

Incorporar efetivamente aspectos de integridade e transparência nos valores da empresa, em sua cultura corporativa e no relacionamento com seus stakeholders.

Sobre o ISE    

 O Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE foi criado em 2005, sendo o quarto do tipo no mundo. São convidadas a participar as empresas que detém as 200 ações mais líquidas na B3.

O índice conta com o Exchange Traded Funds - ETFs, o ETF ISUS11 (fundo de índice), listado em 31/10/2011, uma opção ao investidor atento a esta agenda.

A B3 tem como parceiro técnico o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas - GVces, responsável pela metodologia do índice que tem por base um questionário com sete dimensões. A avaliação das empresas é feita em dois âmbitos: quantitativo (respostas do questionário) e qualitativo (envio de documentos comprobatórios de forma amostral). O índice conta com mais dois parceiros técnicos, a Imagem Corporativa para monitoramento diário de imprensa e a KPMG como asseguradora externa do processo do ISE.

O mais alto nível de governança do ISE é o CISE – Conselho Deliberativo do ISE, presidido pela B3, e composto por mais 10 entidades: Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) – vice-presidente do CISE; Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar - Abrapp; Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima); Grupo de Institutos Fundações e Empresas - GIFE; Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - IBRACON; Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC; Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social; International Finance Corporation - IFC; ONU Meio Ambiente e Ministério do Meio Ambiente - MMA.

Local: FGV – Sala 9 de Julho – Av. 9 de Julho, 2029 – São Paulo – SP

Para se inscrever, acesse: http://isebvmf.com.br/atividades-2018?locale=pt-br