O Brasil deve reduzir em 20% a taxa de desmatamento da Amazônia em 2018
em comparação a 2017. O anúncio foi feito em primeira mão pelo Ministro do Meio
Ambiente, Sarney Filho, durante o Gazeta Agro, realizado em Cuiabá, na
segunda-feira (12). No ano passado, após consecutivos aumentos, o Governo
Federal divulgou queda de 16% para a região amazônica e 28% em unidades de
conservação geral entre 2016 e 2017.
Alinhado ao agronegócio, ele avalia que há, nas últimas duas
décadas, uma mudança de postura tanto por parte do setor produtivo, quanto por
parte dos ambientalistas. “Vemos que há muito mais compreensão do problema
socioambiental por parte do agronegócio, como também os ambientalistas entendem
que esta é uma atividade fundamental, ainda mais em um mundo com uma
superpopulação como essa”, disse.
A fala de Sarney foi precedida por um protesto realizado na abertura do
evento. Sob gritos de “o agro mata” e o “agro é tóxico”, manifestantes
denunciaram problemas do setor e lançaram ao palco grãos de milho molhado. A
ação corrobora o discurso de Organizações Não Governamentais - ONGs e
ambientalistas, que apontam um lastro de devastação deixado pelo setor na
natureza.
O Ministro, contudo, discorda e aponta que que existe harmonia entre os
dois segmentos. “Estamos descomprimindo isso neste governo. Eu tenho tido um
relacionamento excelente institucional e pessoal com o Ministro Blairo Maggi e
temos feito várias ações conjuntas. Acho que a produção e o meio ambiente tem
que andar de mão juntas pelo bem da nação.”
As mesmas mudanças são observadas com relação a imagem do Brasil
no exterior, associada frequentemente ao desmatamento e desrespeito às leis
ambientais. “Eu acredito que hoje a situação é bem diferente, até por que a
maior parte de produção do agronegócio que vai ser exportado, hoje já sofre
pressões internacionais importantes. Por exemplo: a , é uma realidade e os
produtores tem que se adequar a isso, senão vão perder mercado internacional.
Fonte:
Olhar direto.