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Not�cias - Dezembro/2017

 

Convidados defendem luta contra a privatização da água em Audiência Pública

[15/12/2017]

A importância que os movimentos sociais e a população lutem contra a privatização das empresas públicas responsáveis pela distribuição de água, abastecimento e saneamento foi defendido por convidados em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais - ALMG, na quinta-feira 14/12.

O objetivo era lançar e debater o Fórum Alternativo Mundial da Água - FAMA 2018, que será realizado de 17 a 22 de março de 2018, em Brasília - DF. O Fama ocorre como contraponto ao 8º Fórum Mundial da Água, considerado oficial, e que também ocorrerá em Brasília, de 18 a 23 de março. O tema do Fama é a luta contra a privatização e a comercialização da água.

O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Minas Gerais - Sindágua, José Maria dos Santos, apontou que empresas públicas que cuidam das fontes de energia estão sendo privatizadas e que a água agora está sendo visada. “Temos que defender nossos rios e nossa água das empresas multinacionais”, afirmou.

Segundo ele, o fórum alternativo está sendo organizado pelos movimentos sociais para confrontar a política de privatização do Governo Federal e o interesse das empresas multinacionais. “O desafio dos movimentos sociais é manter públicas as empresas que cuidam da nossa água”, concluiu.

Recursos naturais - Para a presidente da Central Única dos Trabalhadores e coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, Beatriz Cerqueira, o que está em jogo no fórum oficial é a presença de grandes empresas internacionais que querem comprar nossos recursos naturais e o governo federal que quer vender.

“Temos que nos articular, porque em pouco tempo a quantidade de água que chega nas nossas casas não estará mais no nosso controle. A luta pela água está intimamente ligada à luta contra o golpe que enfrentamos”, afirmou.

Lutar pela água é defender a soberania nacional

A Representante da Coordenação Estadual do Movimento dos Atingidos por Barragens, Aline Ruas, afirmou que a realização do fórum alternativo é necessária para defender a soberania nacional. “A água está em disputa e precisamos garantir o nosso controle sobre ela”, disse.

Aline Ruas lembrou que o país tem grande abundância de água e possui os dois maiores aquíferos do mundo. Segundo ela, o fórum oficial está sendo realizado em Brasília justamente por conta do interesse das grandes empresas internacionais pelo potencial hídrico do Brasil. “O objetivo é tornar a água uma mercadoria, mas a água é um direito das pessoas”, considerou.

O autor do requerimento, Deputado Rogério Correia, reforçou que o risco de mercantilização da água é grande e apontou que a privatização de usinas da CEMIG, ocorrida neste ano, já significa o controle de empresas internacionais sobre o recurso em Minas. Ele lembrou que a América Latina sempre exerceu o papel de fornecedora de matéria-prima para as grandes potências e que a água será o próximo recurso natural alvo de interesse.

O Deputado federal Padre João defendeu a importância de que Minas Gerais chegue com uma proposta concreta, construída pelo poder público, pelos sindicatos e pelos movimentos sociais, para apresentar no fórum alternativo. Para ele, a responsabilidade de todos pela produção e consumo de água é um assunto que deve ser debatido.

Vargem das Flores pode sofrer alteração no zoneamento

A Representante do Comitê de Defesa de Vargem das Flores, Cristina Maria de Oliveira, falou sobre a luta enfrentada pela comunidade para defender e preservar a represa, diante de projeto da Prefeitura de Contagem que pode alterar o zoneamento da região.

Ela explicou a Vargem das Flores foi criada na década de 60 para atender a 700 mil habitantes. Entretanto, a partir dos anos 80, a Prefeitura de Contagem estimulou a ocupação urbana, com a criação de bairros, além dos loteamentos irregulares e clandestinos que começaram a surgir.

Segundo ela, a situação pode piorar agora devido a uma proposta da Prefeitura de Contagem de alterar o plano diretor do município. Cristina de Oliveira explicou que o objetivo é eliminar a área rural do município, o que viabilizaria a ocupação da parte rural da Vargem das Flores por indústrias e empreendimentos imobiliários.

De acordo com ela, essa ocupação poderia gerar um impacto enorme, secando a represa e eliminando a flora e a fauna, já que a projeção é de que mais 900 mil pessoas passem a habitar o local em 50 anos. Na reunião, as entidades presentes aprovaram uma moção de apoio à defesa da represa.

Rio Doce – Já o Representante indígena, Giovani Krenak, falou sobre a situação da população da região do Rio Doce, após a contaminação das águas com o rompimento da barragem de rejeitos em Mariana - Central. Para ele, a privatização do uso da água já está acontecendo, pois devido a atuação das mineradoras foi tirado o direito da população de nadar e banhar no rio.

A vice-presidente da comissão, Deputada Celise Laviola, lamentou o ocorrido na região e se solidarizou à população da região do Rio Doce.

Fonte: ALMG.