Quase ano após o rompimento da barragem B1, em
Brumadinho, a Agência Nacional de Mineração - ANM informou, no dia 21/01, que
41 barragens estão interditadas no Brasil. A maior parte, 22, estão em Minas
Gerais. O principal motivo destas interdições se deve à falta da Declaração de
Condição de Estabilidade. A tragédia da Vale em Brumadinho deixou saldo de 270 mortes.
A fiscalização das
barragens ainda é um dos desafios da ANM. Criada no início de 2019, em
substituição ao Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, a agência
estava em período de reestruturação quando aconteceu o rompimento da barragem,
em 25/01/2019. Os recursos e equipes, admitiu o próprio órgão, eram aquém do
necessário para as ações de fiscalização.
Passado um ano, o número de
fiscais aumentou de 8 para 13, mas ainda não é o suficiente para vistoriar as
estruturas, segundo a própria agência. Neste primeiro ano de atividades, das
816 barragens em todo o Brasil, 274 foram fiscalizadas.
Cinquenta e cinco
estruturas foram interditadas ao longo de 2019, a maior parte por falta de
Declaração de Condição de Estabilidade. Atualmente, 22 estão interditadas em
Minas Gerais, 9 em Mato Grosso, 3 no Pará, 3 em São Paulo, 3 no Rio Grande do
Sul, 1 na Bahia e 1 no Rio de Janeiro.
Mais verbas
De acordo com a Agência
Nacional de Mineração, o Governo Federal deve repassar nos próximos três anos
um montante de R$ 42,7 milhões, para estruturação do setor de barragens. A
primeira parcela, R$ 6,2 milhões, já foi paga. Segundo a ANM, foram adquiridos
carros, equipamentos para campos e passagens para deslocamento de fiscais.
Regras mais rígidas
Após o rompimento da B1, a
ANM publicou duas resoluções para tentar endurecer as regras das barragens de
mineração, a resolução número 4 e a número 13. Entre as novas regras, ficou
proibida a construção ou alteamento de barragens de mineração denominado à
montante. As empresas também ficaram obrigadas a descomissionar todas as
estruturas construídas desta forma, além de instalar sistema de acionamento de
sirene e monitoramento em tempo real.
Fonte: G1