O Sistema
Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SISEMA, por meio da Fundação
Estadual do Meio Ambiente - FEAM e do Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM,
realizou nova vistoria no território afetado pelo rompimento da Barragem B1 da
mineradora Vale, ocorrido em janeiro de 2019, em Brumadinho, na Região
Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A fiscalização, realizada entre os dias
25 e 27/08, ocorreu em áreas dos municípios de Papagaios, Paraopeba e São José
da Varginha e teve como objetivo supervisionar as ações de recuperação
ambiental realizadas na região.
Os Analistas
do SISEMA vistoriaram as estruturas das Estações de Tratamento de Água Fluvial
(ETAF-1 e ETAF-2), além das intervenções realizadas para cessar o carreamento
de rejeitos e sedimentos do Ribeirão Ferro-Carvão para o Rio Paraopeba. Foram
também avaliadas as obras de estabilização e reforço da estrutura remanescente
da barragem B1, na Mina Córrego do Feijão, e os pontos de monitoramento da
qualidade da água, além das atividades de dragagem no Rio Paraopeba.
De acordo
com o gerente de Recuperação Ambiental Integrada da FEAM, Luis Gabriel Mendoza,
as ações de recuperação estão avançando. “Dentre outros pontos, verificamos a
necessidade de melhoria no sistema de dragagem que, se corrigidos, podem
acelerar a remoção de rejeitos da calha do Paraopeba. No entanto, o escopo da
vistoria engloba uma infinidade de aspectos que são analisados de forma
criteriosa por nossas equipes”, destacou.
NOVA
CAPTAÇÃO
Durante a
fiscalização, foi realizada também vistoria nas estruturas de implantação do
novo ponto de captação de água para abastecimento público no Rio Paraopeba,
localizado a montante da confluência com o Ribeirão Ferro-Carvão. A estrutura
irá integrar o Sistema Rio Manso, mantido pela COPASA, contribuindo para o
abastecimento da RMBH.
O novo ponto
de captação deverá fornecer um volume de 5m³/s para o Sistema Rio Manso. A obra
é executada pela mineradora Vale e deverá ter a operação iniciada em fevereiro
de 2022, quando será repassada à COPASA, após período de transição.
O SISEMA
realiza o acompanhamento in loco das obras de recuperação ambiental,
periodicamente, com metas bimestrais. Os relatórios técnicos de fiscalização
são encaminhados à mineradora Vale com prazo definido para as ações
recomendadas ou esclarecimentos requeridos. Além do acompanhamento sistemático
dos órgãos que integram o Sisema, o trabalho de recuperação da área afetada
também é acompanhado e supervisionado por uma auditoria independente contratada
pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Fonte: IGAM